Um novo advérbio, helenamente.
As palavras de Ruy Belo que dizem a maneira mais triste de se estar contente,
sozinhos entre a gente. É assim Helena, a Primavera da história. Vive firme na
procura de seu José-o-homem-dos-sonhos, que um dia partiu dessa rua
alegre que é Vila do Conde. Judas, ardiloso e machista, quer Helena para si,
qual Inverno ruim. E todos leva na confusão... os cupidos e os diabretes, os
artistas do circo e as mulheres do mundo, a bela Marylin e o rapaz-memória. Mas
quando o cosmos se endireita, a história dá uma volta: É triste ir pela vida
como quem regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro... –
Vais morrer Judas! E a mundo viaja no tempo, para nos dar uma segunda
oportunidade...
Nesta 10ª edição, o poeta
Ruy Belo (1933-1978), cuja passagem por Vila do Conde se prende com a mulher
por quem se apaixonou, é a fonte inspiração da história central da Queima do
Judas, conduzindo a uma reflexão sobre as questões da mulher no mundo do século
XXI.
.